Recentemente foi anunciado que o Exército irá abrir 223 vagas para Praças, para 14 anos de serviço, a serem preenchidas no Regime de Contrato Especial.
Estamos a falar de homens e mulheres que, ao entrarem neste regime, terminarão o seu contrato muito perto dos 50 anos de idade.
Mas, mais estranho nos parece que seja nesta altura que se tome esta decisão, quando a Ministra da Defesa Nacional anunciou recentemente que seria criado o Quadro Permanente para Praças no Exército e na Força Aérea...
É pertinente a seguinte pergunta: se irá ser criado o Quadro Permanente para Praças naqueles dois ramos, porque razão estas vagas não são abertas para um regime que dá mais segurança e perpectiva de futuro, o Quadro Permanente, em vez de um regime de contrato renovável de dois anos em dois e com termo certo?
Esta nova assunção de se pretender, com medidas avulsas, colmatar a falta de pessoal nas Forças Armadas e em particular no Exército, é errada e impõe a precariedade nas Forças Armadas.
O que será necessário que se faça, em lugar de se andar com medidas conjunturais, é dar as homens e mulheres a valorização salarial, os apoios sociais e de carreira, para que esses profissionais cumpram com abnegação as missões para que são chamados e para que de uma vez por todas se resolva o problema de falta de efetivos.
É urgente que a Senhora Ministra da Defesa Nacional dê um sinal forte, de que o Quadro Permanente para Praças no Exército e na Força Aérea, se torne realidade o mais breve possível.
